Cursos

MÓDULO 4: Alimentação do doente

Objetivos

  • A importância da alimentação para a recuperação e manutenção de um doente
  • Cuidados a ter na alimentação de um doente ou dependente
  • Entubação nasogástrica e alimentação

 

Conceitos

A alimentação do doente é essencial para a recuperação física e manutenção do seu bem-estar. Deverá manter as regras gerais de uma alimentação rica e equilibrada de forma a assegurar a ingestão adequada de calorias e nutrientes, variada em cereais, fruta e verduras e com poucas gorduras, sal e açúcares.

Em situação de doença é frequente haver perda de apetite, assim como perda de peso, independentemente da variedade e quantidade dos alimentos ingeridos.

 

Desenvolvimento

 Cuidados a ter na alimentação de um doente 

  • O doente pode esquecer-se de comer pois muitas vezes não tem noção das horas.  É importante oferecer-lhe as refeições a horas e ir oferecendo líquidos ao longo do dia.
  • O doente, na hora da refeição, deve estar bem acordado e sentado.
  • Sempre que for possível, deve incentivar-se o doente a comer sozinho, nem que tenhamos de lhe cortar os alimentos.
  • Após as refeições, devemos manter o doente sentado, durante cerca de 30 min, para facilitar a digestão.
  • Se o doente tossir ou se engasgar frequentemente quando come ou bebe, não devemos insistir. É importante dar conhecimento da situação à equipa clínica e aguardar indicações de como devemos continuar a alimentá-lo.
  • Tentar proporcionar ao doente o máximo prazer na ingestão dos alimentos. Se houver resistência tente servir as refeições em pratos pequenos e oferecer ao doente os seus pratos favoritos ou alimentos mais apelativos. Optar por alimentos fáceis de mastigar.
  • As pessoas com mais idade sentem menos os sabores e os cheiros, por isso solicitam frequentemente mais tempero, sobretudo o sabor salgado. As ervas aromáticas poderão ajudar a temperar os alimentos melhorando o seu sabor e cheiro de modo saudável, sem ter de recorrer ao sal e às gorduras.
  • O doente deve comer 5 a 6 pequenas refeições ao longo do dia.
  • Procurar sempre que o doente fique bem alimentado ao pequeno-almoço pois o apetite tende a diminuir ao longo do dia.
  • Se o doente estiver muito magro é importante optar por alimentos calóricos:  sumos de fruta, batidos, leite-creme, gelados e pudins. Com indicação médica podem também ser administrados suplemento nutricionais orais hiperproteicos e hipercalóricos.
  • Procurar que o doente beba cerca de 6 a 8 copos de água por dia, oferecidos nos intervalos das refeições. Se o doente tiver dificuldade em   engolir, privilegiar a administração de água com espessante ou outros líquidos ligeiramente espessos, tais como batidos de leite ou de fruta, iogurtes líquidos ou gelatinas.
  • Utilizar uma colher na alimentação do doente para evitar ferimento com os dentes do garfo
  • Refrescar e lavar a boca do doente antes e depois das refeições.  

  

Entubação nasogástrica

A entubação nasogástrica consiste na introdução de uma sonda através de uma narina até ao estômago. Realiza-­se para permitir a administração de alimentos, líquidos e medicamentos   aos doentes que se encontrem   incapacitados de deglutir.    

Preparação dos alimentos para administração por sonda nasogástrica

A alimentação deve ser de consistência líquida para não obstruir a sonda e ser administrada morna para não provocar queimaduras.

Administração de alimentação por sonda nasogástrica

Antes da refeição o doente deve ficar na posição de sentado (elevar a cabeceira da cama ou apoiar com almofadas).  Se não for possível deve deitá-lo de lado para evitar aspiração dos alimentos para os pulmões.

Verificar se a sonda está bem posicionada, se o adesivo está bem colocado e se a sonda é visível no interior da boca. Se a sonda estiver mais de 5 cm deslocada da medida estabelecida, devemos contactar a equipa de saúde.    

Antes de iniciar a introdução da alimentação é importante garantir que a sonda está no estômago. Para isso é necessário tentar aspirar a sonda com a seringa, se fluir conteúdo, está bem colocada e o doente pode ser alimentado

A refeição deve ser administrada lentamente e com o cuidado de manter a seringa acima do nível da cabeça do doente, para facilitar a descida dos líquidos.

Depois de o doente estar alimentado, deve permanecer sentado cerca de 30 minutos para facilitar a digestão.

No final da refeição introduza uma seringa de água para lavar a sonda.  

Ao longo do dia é importante ir administrando água (6 a 8 copos) pela sonda   para manter a hidratação do doente.  

O intervalo entre as refeições não deve ser superior a 3 horas.    

Cursos Populares

Contacto

IPAV

Email: secretariado@ipav.pt

Telefone: +351 21 885 47 30

Websitewww.ipav.pt

Links

IPAV logo

O IPAV - INSTITUTO PADRE ANTÓNIO VIEIRA é uma associação cívica sem fins lucrativos, reconhecida como IPSS e ONGD, que tem por missão a promoção da dignidade humana, estando, em Portugal e no mundo, entre os líderes em inovação social, para a promoção da dignidade humana, através da especialização na dinamização da cultura colaborativa e na promoção da “unidade na diversidade”.